Rio – O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), participa, desde o início da manhã desta quarta-feira, de uma operação conjunta para demolir construções ilegais, no Parque Natural Municipal da Serra do Mendanha, em Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação que deve por abaixo sete imóveis construídos em área de preservação faz parte de uma Força-Tarefa e é acompanhada também por agentes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAC) e do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar (CPam). As construções foram feitas em área dominada por milicianos.
A iniciativa foi criada em 19 de outubro e visa o combate à ocupação irregular do solo no Município do Rio de Janeiro e aos crimes relacionados nas áreas criminal, meio ambiente, entre outras, em especial, nas áreas de planejamento que abrangem bairros das zonas Oeste e Norte da cidade.
Os imóveis levantados no parque podem fazer parte de construções ilegais feitas por milicianos do grupo Marcos Antônio Figueiredo Martins, conhecido como Marquinho Catiri. O miliciano é responsável por dominar a região e cobrar taxas de moradores e comerciantes, além de fornecer serviços irregulares, como TV “Gato Net”, internet, gás e de explorar o mototáxi.
Antes da ação desta quarta-feira, na última semana, dia 22, a Força-Tarefa já havia participado da demolição de construções irregulares feitas pela milícia, na Muzema, Zona Oeste do Rio. Nos dias 26, 11 e 5 de novembro, ocorreram outras duas ações, onde foram demolidos um prédio em Rio das Pedras, apreendidas quatro retroescavadeiras hidráulicas usadas por milicianos em construções irregulares em Santa Cruz, e derrubada um imóvel em unidade de conservação de Campo Grande.
A Força-Tarefa também atuou em outras duas demolições em outubro. A primeira delas no dia 28, quando esteve na ação que pôs abaixo a casa do braço direito de Adriano da Nóbrega, o miliciano Luis Carlos Felipe Martins, conhecido como Orelha. O imóvel ficava no Parque Natural Municipal de Grumari, na Zona Oeste, Unidade de Conservação de Proteção Integral.
No dia 22, participou ainda da demolição de dois condomínios no Parque Estadual da Pedra Branca, em Senador Camará. Os condomínios teriam sido construídos por organização criminosa com atuação na região.