Rio – Brenda Rodrigues, filha de Maria Jandimar Rodrigues, encontrada morta no estacionamento de uma clínica estética, na última sexta-feira, Zona Norte da cidade, negou que a mãe teria arritmia cardíaca, como disse o médico que realizou a hidrolipo na vítima, Brad Alberto Castrillón Sanmiguel. Segundo ela, a mãe nunca mencionou esse problema e mesmo se tivesse, a arritmia deveria ter sido apontada em um dos exames feitos por Maria Jandimar antes da primeira sessão de hidrolipo. “Minha mãe não tinha esses problemas, tanto que os exames estavam corretos, dito por ele [o médico]”.
A vítima entregou ao médico, por via WhatsApp, os seguintes exames: hemograma, função renal, coagulograma, ultrassom da parede abdominal e eletrocardiograma. Em depoimento, no fim da noite da última segunda-feira (20), o médico colombiano disse que o envio dos exames por mensagens é comum e que “caso haja algum resultado de exame alterado, a paciente é convocada para uma nova avaliação”. Na ficha de Maria Jandimar, segundo o próprio médico, não foi constatada nenhuma alteração que pudesse impedir o procedimento. No entanto, durante o depoimento, o profissional contou que na segunda sessão, ocorrida na sexta-feira (17), após o procedimento de hidrolipo, a paciente disse que estava sentindo palpitações.
“Doutor, estou sentindo palpitações. Eu esqueci de falar ao senhor que eu tenho uma arritmia cardíaca”, disse o médico em depoimento ao reproduzir a suposta declaração da paciente momentos antes das convulsões.
O delegado titular da 27ª DP (Vicente de Carvalho), Renato Carvalho, informou que o laudo inicial não indicou a causa da morte da paciente, por isso a polícia aguarda o resultado do laudo complementar, que será analisado junto com o exame toxicológico da vítima, para concluir se a causa da morte tem ligação com o procedimento estético. Espera-se que o resultado final da investigação fique pronto em até uma semana.